sexta-feira, 21 de maio de 2010

Jesus viveu na índia - [[ PREFÁCIO ]] e [[ INTRODUÇÃO ]] + [[ LIVRO PARA DOWNLOAD ]] - A desconhecida história de Cristo antes e depois da Crucificação


HOLGER KERSTEN

Jesus viveu na índia 

A desconhecida história de Cristo antes e depois da Crucificação
Tradução de CECÍLIA CASAS
EDITORA BEST SELLER


Prefácio

Por mera casualidade, em 1973 tomei conhecimento da teoria de que Jesus teria vivido na índia. Não dei crédito, mas senti que não tinha opinião formada sobre o assunto e procurei acompanhar passo a passo a vida real de Jesus. Logo de início deparei com o problema da falta de fontes de informação ao alcance do pesquisador e que pudessem confirmar a existência histórica de Jesus. Quem de fato era esse homem? De onde veio? Para onde foi? Por que parecia tão estranho e misterioso aos olhos de seus contemporâneos? O que, afinal, pretendia? 

No curso de minhas pesquisas, cheguei finalmente à índia, entrando em contato com pessoas profundamente interessadas na questão da presença de Jesus naquele país. Delas recebi um número incalculável de surpreendentes e valiosas informações, além de muito incentivo. 

Neste livro procurei evitar um estilo demasiadamente acadêmico, para não impedir a compreensão do conteúdo simples e lógico do texto, mas sem perder de vista os detalhes. Muitas de suas declarações podem parecer ousadas e outras até improváveis. Esta obra abrirá um vasto campo de investigações em muitas áreas afins, impossível de ser esgotado pelo trabalho de um só indivíduo. 

Além disso, desafia as igrejas institucionalizadas a examinarem ad absurdum — se puderem — as teses nela contidas e a provarem o contrário. Será interessante acompanhar a reação das igrejas diante disso! Meu desejo — e meu objetivo — não é minar o ponto de vista cristão, nem colocar o leitor diante de um amontoado de elementos de uma crença fragmentada. 

O mais importante é reencontrar a trilha que conduz às fontes, à eterna e central verdade da mensagem de Cristo, esfacelada pelas ambições profanas de organizações mais ou menos laicizadas, que se arrogam uma autoridade religiosa. 

Este livro, portanto, não proclama uma nova fé, mas apenas tenta abrir passagem para um futuro firmemente alicerçado nas verdadeiras fontes espirituais e religiosas do passado.

Introdução

Não penses que estou inventando mentiras, Ergue-te e prova o contrário! A história eclesiástica, em sua totalidade, Não passa de uma trama de erro e de poder.
Johann Wolfgang von Goethe.

Holger Kersten, Freiburg im Breisgau, março de 1983

Levei mais de dois anos para realizar a versão inglesa de Jesus Viveu na índia, uma obra que, na Alemanha, já está na sétima edição. Esta tradução foi revista e atualizada diversas vezes para conformar-se a dados mais recentes. Fui informado de que meu estilo poderia estranhar a um leitor inglês; no entanto, minha única intenção foi apresentar com clareza minhas convicções sem atenuar os fatos. Sei que posso contar com a tolerância e a compreensão desse público. Sobretudo, considerando que a Inglaterra é um país onde um bispo (rev. David Jenkins, bispo de Dur-ham) tem a coragem de discorrer, no sermão da Páscoa, sobre duvidas pessoais a respeito do tradicional dogma da ressurreição do corpo de Cristo. (Daily Telegraph, 30 de março de 1985.)
H. K., setembro de 1986


A emergência da ciência e da tecnologia foi acompanhada por uma rápida secularização do nosso mundo e por uma recessão religiosa. A glorificação do racionalismo e o desejo de encontrar uma resposta para cada aspecto da existência humana levaram, inexoravelmente, a graves perdas no campo da vida mística, religiosa e emocional, inclusive em termos de "humanidade". Dentre os responsáveis pelo aumento do abismo entre religião e ciência, fé e conhecimento, está a postura das igrejas institucionalizadas. Temendo perder influência nas esferas seculares, impuseram abusivamente sua autoridade no campo do conhecimento empírico. Este fato aprofundou ainda mais a necessidade de uma maior diferenciação no campo da autoridade. O cisma entre pensamento científico e fé colocou o homem moderno diante de uma dicotomia aparentemente intransponível. 

Os sentimentos espirituais se restringem cada vez mais com o crescimento do contingente daqueles que duvidam da verdade da mensagem de Cristo, e das discussões em torno da doutrina cristã. Até mesmo dogmas fundamentais sustentados pela tradição eclesiástica, como Deus, Cristo, Igreja e Revelação se transformaram em objeto de veementes debates entre leigos e teólogos, indistintamente. Quando o cerne e a base dos ensinamentos religiosos não são mais aceitos como pura verdade, nem mesmo pela própria elite e direção da Igreja, o cristianismo tradicional caminha, indubitavelmente, para o seu fim. É sintomática a realidade dos bancos vazios apontada por uma estatística de 1979: somente um em três cidadãos da República Federal da Alemanha concorda com os ensinamentos das igrejas cristãs, ao passo que 77% acham possível ser cristão sem pertencer a nenhuma igreja. Dentro dos segmentos da população consultada, a maioria não acreditava em Cristo como o "emissário divino" enviado por Deus. E isso ocorre porque as igrejas institucionalizadas, por medo, falharam, deixando de informar seus fiéis sobre os progressos no campo do cristianismo e de dar um enfoque histórico e crítico à religião. A insistência na interpretação literal da Bíblia e na cega observância dos dogmas propiciou o declínio do cristianismo eclesiástico, mesmo entre aqueles que não tinham uma postura frontalmente anti-religiosa ou anticristã.

Realmente, o que chamamos hoje de cristianismo tem pouco a ver com os preceitos de Jesus e as idéias que ele desejava difundir. O que temos atualmente seria melhor designado pelo nome de "paulinismo". Muitos princípios doutrinários não se conformam absolutamente com a mensagem de Cristo. São, na verdade, antes de tudo, um legado de Paulo, que tinha um modo de pensar  radicalmente oposto àquele de Jesus. O cristianismo que conhecemos desenvolveu-se a partir do momento em que o "paulinismo" foi aceito como religião oficial. O teólogo protestante Manfred Mezger cita, a respeito, Emil Brunner: "Para Emil Brunner a Igreja é um grande mal-entendido. De um testemunho construiu-se uma doutrina; da livre comunhão, um corpo jurídico; da livre associação, uma máquina hierárquica. Pode-se afirmar que, em cada um de seus elementos e na sua totalidade, tornou-se, exatamente, o oposto do que se esperava". Por isso é válido questionar as bases que alicerçam a legitimidade das instituições vigentes. Uma pessoa que freqüenta uma igreja cristã não pode deixar de assumir uma postura crítica, frente à proliferação de obscuros artigos de fé, e dos deveres e obrigações que a envolvem. Sem termos tido outros conhecimentos, e por termos crescido sob a única e exclusiva influência do estabelecido, somos levados a acreditar que, por subsistirem a tanto tempo, devem, necessariamente, ser verdade.

Um homem surgiu no horizonte sombrio, trazendo uma mensagem cheia de esperança, de amor e bondade, e o que a humanidade fez com isso? Transformou tudo em papel, verbosidade, negócio e poder! Será que Jesus quis que tudo isso fosse feito em seu nome? Dois mil anos transcorreram desde que o audacioso Jesus tentou, pela primeira vez na história da humanidade, libertar os homens do jugo oficial das igrejas, caracterizado por burocracia, leis e figuras eminentes, por inflexibilidade, conflito em matéria de exegese, por hierarquia e sua reivindicação de autoridade absoluta, pelo culto, idolatria e sectarismo. Jesus queria uma comunicação direta entre Deus e a humanidade e nunca tencionou patrocinar ambiciosas carreiras eclesiásticas.

Hoje já não ouvimos diretamente a voz de Jesus em sua forma natural. Ela é mediada por especialistas privilegiados e pela arbitrariedade de um corpo profissional. Jesus foi gerenciado, mercadejado, codificado e virou livro. Onde a fé viva e verdadeira foi substituída por crenças mesquinhas e intolerantes, baseadas num racionalismo clerical, os mandamentos de Jesus, de tolerância e amor ao próximo, desapareceram, assomando, em seu lugar, o dogmatismo e o fanatismo. A luta pela supremacia de uma "fé verdadeira" exclusiva deixou um rasto de revezes, violência e sangue no caminho percorrido pelas igrejas. Luta sem tréguas, desde o tempo dos apóstolos até nossos dias, e que ainda constitui o maior empecilho à reconciliação entre os vários credos cristãos. 

O teólogo protestante Heinz Zahrnt escreveu: "Fiquei profundamente traumatizado em minha carreira de teólogo. Sinto-me aviltado, humilhado, insultado, desonrado, mas não por ateus, que negam  a existência de Deus, nem por gente zombeteira ou incrédula, que, embora indiferente religiosamente, conserva no coração um sentimento de humanidade, mas sim por dogmatistas. Por eles e por seus pastores que seguem apenas a letra dos ensinamentos que consideram ser o único caminho para chegar a Deus. Fui ferido no ponto mais central, no ponto que, apesar de uma profunda melancolia, tem me mantido vivo: minha crença em Deus..." 

A confiança no valor das experiências religiosas tende a decrescer com o desenvolvimento das capacidades intelectuais. A crença no racional e no provável ocupou o lugar reservado à fé luminosa e profunda como meio de captar a realidade. No processo de "amadurecimento" da sociedade moderna, o sentimento religioso é relegado ao âmbito do irracional, do improvável e, conseqüentemente, do irreal. Somente o pensamento lógico e a ação parecem determinar a realidade. A medida que cresce o nível educacional, as categorias transcendentais decrescem, deixando de ser objeto de experiências profundas. A principal causa desse equívoco é uma má interpretação do conceito de Deus. O divino não se coloca a uma distância utópica, mas dentro de cada um de nós, inspirando uma vida em harmonia com o Infinito e o reconhecimento de que nossa curta existência não passa de um momento da eternidade, da qual faz parte.

Durante séculos, o homem ocidental foi induzido a considerar-se uma criatura separada de Deus; e hoje, no "esclarecido" século 20, esse mesmo homem parece mais do que nunca incerto quanto às possíveis respostas às mais antigas questões sobre Deus e sobre o sentido da vida. Atualmente florescem em todo o mundo novos centros espirituais que, diante dessas questões, procuram oferecer uma solução não encontrada em uma igreja oficial intransigente. Está surgindo uma espécie de religião universal sincrética que se move na direção de uma plena auto realízação, através da contemplação, autoconhecimento e meditação em busca da iluminação religiosa e do entendimento místico-global da natureza cósmica que existe dentro de cada indivíduo.

O impulso decisivo para esse intimismo da religião nos veio, como sempre, do Oriente, e sobretudo da índia. A humanidade precisa, agora, "reorientar-se", no verdadeiro sentido da palavra; o Oriente é o berço de nossas mais profundas experiências.

Não devemos temer nem a morte de Deus, nem o declínio definitivo da espiritualidade e da moral. Ao invés, devemos aguardar a germinação da semente do espírito, a emergência do interior  transcendental que até agora nos tinha sido prometido somente para depois da morte. Não devemos temer o fim da religiosidade, porque está se abrindo silenciosamente em nós a flor de uma consciência mística que não abrange apenas uma elite ou uns poucos "privilegiados", mas todo o contexto ecumênico de uma religião universal. A meta dessa religião não será um mundo "superficial" e transitório, nem colocará excessiva ênfase em aparências, mas se ocupará, inteiramente, em despertar uma espiritualidade baseada em valores transcendentais. Este é o verdadeiro caminho que nos "libertará do mal".

O conhecimento da verdade
destrói todo o mal.
Como o sol que brilha num céu sem nuvens,
o verdadeiro iluminado permanece firme,
apartando os véus da ilusão
Buda


Trecho (página 34 - 37)

O que conhecemos hoje como cristianismo não passa de uma vasta e artificial doutrina de regras e preceitos criados por Paulo, e que pode ser melhor designado pelo nome de "Paulinismo". O historiador eclesiástico Wilhelm Nestle, comentando a questão, diz que: "o cristianismo foi a religião fundada por Paulo, que substituiu o evangelho de Cristo por um evangelho sobre Cristo." 21 

Paulinismo, nesse sentido, significa desvirtuamento e mesmo falsificação dos verdadeiros ensinamentos de Jesus por Paulo. Há muito tempo os teólogos modernos e os estudiosos de história da Igreja vêm afirmando abertamente que o cristianismo da Igreja organizada, cuja questão central é a compreensão da salvação como fruto da morte e do sofrimento de Jesus, se apoiou em fundamentos incorretos. "Tudo o que há de bom no cristianismo provém de Jesus e tudo o que há de mau, de Paulo", escreveu o teólogo Overbeck 22. Associando a morte do Unigênito de Deus à redenção de nossos pecados, Paulo retrocedeu às primitivas religiões semíticas, em que os pais deviam imolar seus primogênitos. Paulo também é o responsável pelos dogmas do pecado original e da trindade,  posteriormente incorporados pela Igreja.

Já no século 18, o filósofo inglês Lord Bolingbroke (1678-1751) reconhecia, no Novo Testamento, duas religiões completamente diferentes: a de Cristo e a de Paulo 23. Kant, Lessing, Fichte e Schelling também faziam distinção entre os ensinamentos de Jesus e o de seus "discípulos". Um grande número de renomados teólogos modernos aceitam e defendem essa tese.

Paulo, o impaciente zelota, completamente diverso dos primeiros apóstolos, é considerado "um caso típico de intolerância" pelo teólogo Deissmann 24. Ele abriu um profundo abismo entre crentes e incrédulos, passando por cima de muitos dos ensinamentos de Jesus. Colocou Jesus num pedestal e o transformou no Cristo que Jesus nunca quis ser. Se quisermos, porventura, encontrar alguma veracidade dentro do cristianismo, teremos que rejeitar uma série de óbvias falsidades que foram consideradas intocáveis, e voltar aos verdadeiros e puros ensinamentos de Jesus e às questões essenciais da religião. No entanto, é fácil perdoar todas as interpretações de Paulo se considerarmos que, sem ele e outros dogmatistas, hoje não conheceríamos nenhum detalhe sobre Jesus. Sobre isso, o teólogo Grimm diz que: "Por mais enraizados que estejam tais conceitos no pensamento cristão, eles têm pouco a ver com o verdadeiro Jesus" 25.

Conclusões

Resta-nos agora analisar até que ponto as fontes conhecidas podem elucidar a historicidade de Jesus. Os manuscritos descobertos em Ladakh por Nikolai Notovitch podem, indubitavelmente, preencher uma importante, inexplorada e inexplicável lacuna na vida de Cristo. Entretanto, esta descoberta precisa ser bem fundamentada e corretamente apresentada para não ser interpretada como uma tentativa fantástica e repentina de lançar uma luz nas trevas que revestem a origem do cristianismo. Um retrato fiel de Jesus só pode ser obtido através de uma extensa e objetiva investigação histórica, livre do dogmatismo eclesiástico e apoiada nos melhores recursos da pesquisa moderna.

Como professor de religião cristã, tenho tido a oportunidade de verificar que um número cada vez maior de teólogos esclarecidos estão encontrando dificuldades em aceitar determinados "mitos" que lhes foram impostos, tais como o dogma da imaculada concepção ou da morte na cruz, seguida de uma extraordinária ressurreição e ascensão do corpo de Cristo, sobretudo após ter descoberto (somente na universidade) alguns novos elementos a respeito da história dos textos bíblicos. Vêem-se forçados, de uma forma absurda, a calar sobre esses conhecimentos e a continuar a repetir as ingênuas histórias da Bíblia, como se fossem a verdadeira palavra de Deus. Mais recentemente, em 18 de novembro de 1965, a Igreja Católica Romana declarou na revisão de sua constituição dogmática (Vaticano II), seu mais solene e importante documento, que a Bíblia emana diretamente de Deus, o que faz dela um texto santo e canônico nas suas partes e na sua totalidade escrito sob inspiração do Espírito Santo. "Tudo o que foi escrito pelos autores inspirados deve ser considerado como tendo sido escrito pelo Espírito Santo." A Bíblia, para a Igreja, é mestre confiável, infalível e fiel. Milhares de católicos
recebem esse ensinamento e, como bem sabemos, a "fé", na Igreja Católica é um elemento fundamental. Esta postura é particularmente penosa para aqueles que são os responsáveis pela divulgação dos dogmas da Igreja e que estão bem informados sobre o atual estado da questão. Crises pessoais e tragédias humanas são frutos que nascem, invariavelmente, desse conflito.

A direção da Igreja comete quase uma blasfêmia ao conferir autoridade "divina" a textos repletos de erros, omissões, contradições, falhas lógicas, falsas conclusões, equívocos, deficiências, distorções, mal-entendidos, confusões, perjúrios e mentiras óbvias. O bispo anglicano John A. T. Robinson desafiou oficialmente toda a Igreja a expor seu ponto de vista em relação à Bíblia. Um amplo exame dos fundamentos da religião cristã poderia redundar em uma reforma dogmática. A Igreja, porém, ainda parece esquivar-se de qualquer forma de esclarecimento e continua a tratar progressistas corajosos, tais como Küng, o teólogo de Tübingen, de uma forma medieval. E é esta mesma Igreja que exige, e espera de seus adeptos, correção, franqueza, honestidade e amor pela verdade. Isto é ou não é uma fraude? Mas qual a razão disso tudo? Será que a Igreja está interessada no bem-estar das almas dos homens, que só poderão se salvar respeitando o dogma da redenção, ou está simplesmente preocupada em preservar e manter o poder? A Igreja tem procurado, por todos os meios, evitar que o mistério que envolve Jesus seja elucidado, evitando que tenha sucesso qualquer tentativa racional de investigar o fenômeno Cristo.

A verdade sobre Jesus, e sobre o que ele realmente pregava, é mil vezes mais fascinante que todas as histórias inventadas a seu respeito. 
Jesus, com certeza, não pregou a institucionalização de uma igreja organizada, reduto de arrogantes neofariseus, sediados na infalibilidade; nem a conversão, sob ameaça de morte ou de eterna danação. Ele nunca aconselhou nem autorizou ninguém a ocupar, na terra, importantes cargos divinos; nunca se considerou a encarnação de Deus; nunca perdoou pecados ou conferiu a outros esse dom, nem nunca prometeu a vinda e a permanência de um Espírito Santo fora dele. Também não pediu a seus discípulos que escrevessem um evangelho; se quisesse ele mesmo o teria feito. O que Jesus realmente desejava? É uma questão difícil de ser resolvida, pois a tradição o apresenta a nós simplesmente como uma figura de grande integridade moral e possuidora de profundos sentimentos humanos e espirituais.

Hoje, mais do que nunca, são atuais as palavras de Albert Schweitzer, pronunciadas em 1913: "O cristianismo moderno tem que encarar a possibilidade do passado histórico de Jesus ser revelado a qualquer momento."26 E Rudolf Butmann acrescenta: "Eu não ficaria nem um pouco chocado se os ossos de Jesus fossem encontrados hoje!" 27

As "lacunas" que caracterizam essa época canonizada pelas crônicas da Igreja poderiam ser providencialmente resolvidas com uma viagem ao Oriente, que tem-se demonstrado muito importante na compreensão dos atuais movimentos espirituais do mundo. Os muçulmanos sempre preservaram a história; isto, juntamente com os vinte séculos de acumulação de documentos hoje em acelerado processo de pesquisa, muito contribuirá para os esclarecimentos desses pontos omissos.

A alma de Jesus está intimamente ligada ao espírito que impregna a atmosfera característica da antiga índia. Vamos, agora, ao encontro desse Jesus Oriental, pois Ex Oriente Lux, do Oriente vem a luz e a promessa.

(...)

Trecho (página 51 - 58)




No sétimo capítulo dos Atos dos Apóstolos, Santo Estevão nos conta, em poucas palavras, como Abraão, o patriarca dos judeus, foi impelido para a terra que o Senhor da glória lhe queria mostrar. Ele saiu "da terra dos caldeus, indo morar em Harã", viajando através da Mesopotâmia. É possível que as tribos nômades, lideradas por Abraão, tenham dado um nome familiar ao lugar onde temporariamente se estabeleceram, a noroeste da Mesopotâmia. Forçado pela fome, o grupo seguiu para o Egito, porque Jacó, o filho de Abraão, soubera que "havia trigo no Egito". Em breve, porém, foi obrigado a retornar à Palestina. Apesar das divergências que caracterizavam o relacionamento entre os filhos de Abraão, isto é, entre Isaac, Esaú e Jacó, com a geração seguinte, o clã se transformou numa tribo unida. 

No tempo dos hicsos, os doze filhos de Jacó, abatidos pela fome, retornaram ao Egito, fixando-se, primeiramente, na província de Goshen. Vestígios de agrupamentos semíticos, datados dessa época, foram encontrados a nordeste do delta do Nilo. Para começar, os hebreus se multiplicaram rapidamente, espalharam-se por todo o país, tornando-se ricos, poderosos e influentes. Porém, antes do fim da dinastia dos hicsos, sua posição já tinha se deteriorado devido a conflitos intestinos.

Assim, podemos dizer que a palavra "hebreu" não significava originalmente um grupo nacional ou étnico, mas qualquer pessoa, sem direitos e sem teto permanente, cujo destino era servir aos egípcios, como mão-de-obra barata (mais tarde, foram condenados a trabalhos forçados), como se depreende das fontes que chegaram até nós, datadas dos séculos 13 e 14 a.C. O texto de Êxodo (1,11) narra que os antepassados dos israelitas foram obrigados a construir como escravos as cidades de Piton e Ramsés. Foi por essa época que as tribos semíticas, guiadas por Moisés, deixaram o Egito, rumo à terra de seus ancestrais, a terra abençoada que lhes havia sido prometida pelo Deus Javé.



Manu — Manes — Minos — Moisés

As coisas se tornam mais fáceis e claras se partirmos de algumas figuras representativas das principais linhas culturais do Oriente. No século 19, foi levantada a hipótese de certos paralelos. Assim, na índia antiga, o legislador e político era conhecido pelo nome de Manu. No Egito, por Manes. Minos era o nome do rei de Creta que foi estudar no Egito as leis que ele pretendia introduzir na Grécia. O líder do povo hebreu que nos legou os dez mandamentos chamava-se Moisés. 

Manu, Manes, Minos e Moisés, dada a enorme influência que exerceriam na história da humanidade, estavam destinados a mudar a face do mundo. Todos os quatro estatuíram as leis que continuariam a ter força no futuro, alicerçando as sociedades sacerdotais e teocráticas. Todos procederam de acordo com um modelo arquetípico muito mais evidente que as meras semelhanças dos nomes e instituições que eles criaram.

Manu é uma palavra sânscrita que significa "um homem de qualidades excepcionais, um dispensador da lei". Os quatro nomes acima citados têm uma origem sânscrita comum.

Sempre, na aurora de todas as civilizações, surgem seres predestinados a grandes feitos, a conduzir as massas, a mover as engrenagens do progresso ou a governar. Ao invés de se deixarem dominar pela sede de poder que tanta atração exerce sobre pessoas incultas, preferem, como líderes espirituais e culturais, usar do poder que lhes foi concedido, para viver em harmonia com o Ser Supremo que existe na consciência de todos os homens. Envoltos por uma auréola de mistério, suas origens e suas vidas transformam-se em lendas. São chamados "profetas" ou "emissários de Deus" e reformulam as obscuras revelações do passado que só eles sabem interpretar. Em suas mãos habilidosas, toda a realidade pode ser transformada numa manifestação do poder celestial que eles têm condições de invocar ou aplacar. Magos da índia e de Israel podiam, por exemplo, colocar uma serpente em estado catatônico, exibi-la como um cajado diante de todos e depois fazê-la voltar ao seu estado normal. Esse é, aliás, um truque muito popular no repertório dos faquires.

Os adeptos e intérpretes literais das leis de Manu, aliando-se a mais influente casta dos brâmanes e dos sacerdotes, desequilibraram a estrutura social dos Vedas, causando assim o declínio e a ruma de seu povo que, posteriormente, iria ser sufocado sob o corrupto domínio sacerdotal. Da mesma forma, aqueles que documentaram a tradição oral de Moisés, se apegaram, sobretudo, ao comportamento despótico de seus predecessores, quando no governo do povo de Israel (ou filhos de Deus).

Quem Era Moisés? 

A etimologia do nome de Moisés é muito discutida. No Egito, mos significa simplesmente criança ou, literalmente, "nasceu" (p. ex. Tutmosis). De acordo com outra interpretação, baseada no hebraico, o nome deriva de mo, água, e useh, salvo, o que corresponde à lenda segundo a qual Moisés foi encontrado flutuando nas águas de um rio, dentro de um cesto de vime (Êxodo 2,10). Quanto ao Moisés
histórico, é impossível estabelecer um quadro preciso dele; a própria tradição deixou muitas questões sem resposta, criando expectativa em torno do argumento.

O Antigo Testamento prova que Moisés não poderia, absolutamente, ser o autor dos cinco livros que lhe são atribuídos. O Pentateuco é resultado de séculos de tradição oral e escrita, derivada de diversas fontes, como se deduz da variedade de estilo, das inúmeras repetições e contradições, e das incompatíveis variações de alguns princípios teológicos básicos. Mas, apesar das sombras projetadas pelo passado, podemos afirmar com segurança que Moisés foi, de fato, um personagem histórico.

É certo que ele cresceu na corte real e foi educado por sacerdotes, que era muito culto e que foi uma pessoa influente em todas as esferas de governo. Moisés utilizou-se de um sincretismo que somava à sã doutrina curiosas práticas mágicas, que combinava com elementos védicos e com elementos da idolatria egípcia. Sua intenção era proclamar a existência de um só Deus, o Deus de Israel, e pôr fim à adoração de todos os outros deuses. Para provar a vontade de Deus (na verdade, a sua) recorria a "milagres". Se a mitologia greco-romana foi descartada como fonte do cristianismo, não foi isso que aconteceu com os textos de Moisés, ainda que seja difícil reconhecer no Deus vingativo descrito por Moisés como um fogo devorador o mesmo Deus do Novo Testamento.

Quem se opusesse à sede de poder de Moisés era impiedosamente destruído. E era geralmente através do fogo que Moisés costumava defender suas convicções, ainda que conhecesse também vários passes de mágicas. Após sua exibição perante os magos egípcios (Êxodo 7 8-13), sua fama de grande feiticeiro chegou até a Grécia. Nos primeiros anos do cristianismo, surgiram alguns livros apócrifos completando o Pentateuco, e que atribuíam o conteúdo mágico desse documento a Moisés. Depois do nascimento de Cristo, foram divulgados o sexto e sétimo livros de Moisés que retomavam a tradição egípcia, apresentando uma série de palavras e preces mágicas feitiçaria e textos de doutrinas secretas de diversas procedências.

Em 1928, Jens Juergens2 publicou uma obra chamada O Moisés Bíblico, onde prova que os sacerdotes egípcios sabiam fabricar a pólvora há mais de 6 000 anos, e que a empregavam em' fogos de artifícios e como uma espécie de luminária bengali. Uma outra informação vem do professor e arqueólogo inglês Flinders Petri, que na sua obra Pesquisas no Sinai, de 1906, nos mostra que Moisés não tinha autoridade somente sobre os templos egípcios, mas também sobre as minas reais do Sinai e, conseqüentemente, sobre a mina de enxofre, de "Gnefru", em atividade a partir do ano 5 000 a.C. Moisés tinha aprendido a fabricar pólvora nos livros secretos sacerdotais e sua composição, à base de enxofre, carvão e salitre, provou ser muito simples do ponto de vista técnico. Assim, quando seus súditos recusavam-se a obedecê-lo nas suas contínuas pregações (Êxodo 18,13), ele enviava um fogo devorador que os fazia curvar-se à sua vontade. (Êxodo, 19,18; 24,17; 33,9; Deuteronômio 4,11; 4,24; 4,33; 4,36; 5,4; 5,5; 5,23; 9,3; 32,22).

Como representante do Deus do Fogo, Moisés exercia um grande poder, e quando o povo se negava a cumprir os sacrifícios exigidos, bastava uma simples demonstração do poder divino para que tudo voltasse ao normal. Veja-se, por exemplo, o incidente do Monte Sinai (Êxodo 19); a morte pelo fogo de 250 pessoas, após a rebelião de Core (Números 16,1-35); e a morte dos milhares de outras em uma tempestade de fogo, por terem se insurgido contra Moisés (Números 16,36- 50). 

Os filhos de Aarão foram atingidos fatalmente por uma chama de fogo quando desobedeceram a vontade divina (Levítico 10,1-7); o próprio Moisés sofreu graves queimaduras resultantes, logicamente, de uma explosão e, por ter ficado com o rosto horrivelmente deformado, foi obrigado a cobri-lo com uma atadura especial (Êxodo 34, 29-35). 

Moisés continua a ser considerado um grande legislador, porém, é fato sabido que os Dez Mandamentos nada mais eram que o resumo de leis que vigoravam entre povos do Oriente Próximo e da índia, muito antes do nascimento de Moisés, e que eram comuns também na Babilônia, já há 700 anos. A famosa lei do rei babilônico Hamurabi (728-1686 a.C), inspirada no Rig-Veda dos hindus, já continha todos os dez mandamentos. 

A idéia de um Deus único, onisciente, invisível, pai do universo, ser de amor e bondade, pai de misericórdia da humanidade e da fé, já existia entre os Vedas e no nórdico Edda, bem antes de Moisés. Até mesmo Zoroastro era abertamente proclamado único.

O papiro de Prissa (mil anos antes de Moisés) narra as seguintes palavras que Deus disse, a respeito de si próprio: "Eu sou o uno invisível, oculto, criador do céu, da terra e de todas as criaturas. Sou o grande Deus incriado e único. Eu sou o passado e conheço o futuro. Sou a essência e a lei universal". No Egito, o princípio de unidade divina era considerado "indescritível" muito antes que Moisés falasse do "inominável". Nukpu Nuk significa "sou aquele que sou" (compara-se este texto com aquele de Êxodo 3,14: "Sou o que sou").

Hoje já não se duvida da existência de Moisés como personagem histórico. No entanto, suas proezas heróicas baseiam-se, em grande parte, em lendas muito mais antigas, como a lenda do deus Baco originalmente árabe. Baco, como Moisés, foi salvo das águas, cruzou o Mar Vermelho a pé enxuto e escreveu leis em tábuas de pedra, tinha exércitos guiados por colunas de fogo e emitia raios de luz pela testa.3 

O Rig-Veda nos conta que Rama foi também um grande legislador e um poderoso herói. Há pelo menos 5 000 anos, conduziu seu povo através da Ásia, até a índia, e pelo caminho fez surgir fontes no deserto (cf. Êxodo 17), apresentou a seu povo uma espécie de maná como alimento (cf. Êxodo 16) e dominou uma epidemia graças à soma, uma bebida sagrada chamada também "água da vida" da índia.Finalmente conquistou a "terra prometida" (índia e Ceilão) e invocou uma chuva de fogo contra o rei. Atingiu o Ceilão através de um banco de areia durante a maré baixa em uma localidade até hoje chamada "ponte de Rama". Como Moisés, Rama é descrito com raios de luz saindo da cabeça (os raios da iluminação; veja ilustração). Como Moisés, também Zoroastro (Zaratustra) tinha um fogo sagrado à sua disposição, com o qual ele podia realizar extraordinárias façanhas. 

De acordo com escritores gregos, como Êxodos, Aristóteles e Hermundorius, Zoroastro viveu 5 000 anos antes de Moisés. Como Moisés, tinha sangue real, foi tirado de sua mãe e abandonado. Após completar trinta anos, tornou-se o profeta de uma nova religião. Deus, envolto em luz e anunciado pelo som de trovões, apareceu-lhe, sentado em um trono de fogo, na montanha sagrada de "Albordj" e, em meio às chamas, anunciou-lhe sua lei sagrada. Zoroastro e seus adeptos também se colocaram a caminho de uma distante "terra prometida" e, com a ajuda de Deus, atravessaram o mar a pé enxuto.

As narrativas judaicas, com que estamos mais familiarizados, começam com a emigração das tribos de Israel, sob a liderança de Moisés, partindo do Egito em busca de uma nova terra de liberdade. Ainda não existe uma concordância sobre a localização da terra de Goshen (Gosen), onde os israelitas se reuniram inicialmente, mas parece ter sido à margem oriental do delta do Nilo. A Bíblia aponta para uma mudança de faraó nesse período. Este fato coincide com a expulsão dos hicsos no início da décima-oitava dinastia egípcia, sob Amósis I. A melhor rota para seguir rumo à Palestina seria pelo nordeste, partindo do Mar Vermelho. Esta rota, entretanto, estava sob o controle filisteu. Até hoje constitui um mistério o fato de Moisés não ter seguido pela estrada de Beersheba, que seria o local mais seguro para os israelitas. Moisés preferiu o sul, chegando no terceiro mês ao Monte Sinai, onde acredita-se, tenha acontecido a impressionante demonstração Deus do Fogo de Moisés, Javé. Essa montanha é hoje conhecida elo nome de "Jebel-Musha", que significa a "montanha de Moi-s" Segundo a Bíblia, os israelitas permaneceram no Monte Sinai durante oito meses, de onde partiram em busca da terra prometida. Porém, esta tentativa falhou e o povo de Israel teve que se instalar no oásis de Cades, onde, ainda segundo a Bíblia, viveu durante quarenta anos (este número simboliza no entanto um período muito maior). 

A esta altura dos acontecimentos, Moisés compreendeu que não viveria o suficiente para guiar seu povo até o fim do caminho (ver Deuteronômio 31,1). Por isso promulgou as leis que deveriam ser consideradas como sagradas na terra prometida, deu instruções sobre o período de transição após a travessia do rio Jordão, cuidou dos últimos detalhes, fez um discurso de despedida e, finalmente, com alguns companheiros, partiu para o paraíso, "onde corre o leite e o mel" (Deuteronômio 34,1-7).

Até hoje, ninguém sabe onde foi sepultado, o que é bem estranho, porque existe uma detalhada descrição do lugar: "e Moisés subiu então das planícies de Moab para o monte Nebo, até o cume do Pisga... diante de Bet-peor..." Parece impossível que o povo de Israel não tenha se preocupado em encontrar um lugar digno para sepultar seu grande profeta e salvador. Portanto, deve existir pelo menos algum vestígio dele... E, de fato, existe, mas não nas proximidades da Palestina, como seria de se esperar, mas sim no norte da índia.

O Túmulo de Moisés em Caxemira

(...)



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Jesus Viveu na Índia - Innovation Webservices
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de H KERSTEN - Artigos relacionados
Jesus viveu na índia. A desconhecida história de Cristo antes e depois da Crucificação. Tradução de CECÍLIA CASAS. EDITORA BEST SELLER ...


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quarta-feira, 19 de maio de 2010

MOISÉS E AKHENATON - A HISTÓRIA SECRETA DO EGITO NO TEMPO DO ÊXODO

http://esotera.com.br/livros/religioes-e-mitos/moises-e-akhenaton-a-historia-secreta-do-egito-no-tempo-do-exodo

 

MOISÉS E AKHENATON - A HISTÓRIA SECRETA DO EGITO NO TEMPO DO ÊXODO


Moisés e Akhenaton - A História Secreta do Egito no Tempo do Êxodo
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Observando uma notável similaridade entre a religião visionária desse "herético" faraó e os ensinamentos de Moisés, Sigmund Freud foi o primeiro a argumentar que Moisés era, na verdade, egípcio.

Agora, Ahmed Osman, utilizando-se de descobertas arqueológicas recentes, de documentos históricos e do estudo de Freud, afirma que Akhenaton e Moisés foram a mesma pessoa.

Seria isso possível? Que implicações essa afirmação teriam para nossos paradigmas religiosos?

Durante seu reinado, o faraó Akhenaton aboliu o complexo panteão religioso do antigo Egito e estabeleceu um único Deus, Aton, que não possuía imagem nem forma.

Em uma reinterpretação do Livro do Êxodo, Osman detalha os eventos da vida de Moisés-Akhenaton: como ele foi criado por seus parentes israelitas; como governou o Egito por 17 anos; como provocou a ira de muitos de seus súditos e foi obrigado a abdicar do trono, entre outras questões.

Ahmed Osman, consagrado pesquisador e autor de obras históricas, oferece-nos em Moisés e Akhenaton - A História Secreta do Egito no Tempo do Êxodo um detalhado estudo sobre dois personagens emblemáticos da História. Partindo de estudos feitos por importantes pesquisadores, incluindo Freud, e de escavações realizadas entre os séculos 19 e 20, o autor levanta a hipótese de Moisés - o líder que foi chamado por Deus a salvar o povo de Israel do Egito e levá-lo à Terra Prometida - e Akhenaton - um rei revolucionário e primeiro monoteísta, que aboliu o sistema religioso do antigo Egito e estabeleceu um Deus único - terem sido a mesma pessoa.

Moisés e Akhenaton oferece um instigante desafio às antigas crenças já tão enraizadas e aparentemente imutáveis e tenta desvendar o quebra-cabeça em que se encontra o desvio de Akhenaton das tradições do antigo Egito.




AKHENATON - MISTÉRIO E CORAGEM
A civilização de Amenófis III e o poder de Tebas

O Faraó (Amenófis IV) foi Moisés? Será que a Igreja Católica escondeu este fato?
Por Eduardo Sávio 15/11/2003 às 23:44
POVOS DO PASSADO

Moisés e Akhenaton eram a mesma pessoa ?

Artigo de Laurence Bittencourt: “Moisés e o monoteísmo”

Segredos do Êxodo: Moisés e o povo Hebreu, que o seguiu para Canaã, eram egípcios ?

Pergunta:  Afinal, o que é real na história, pois a mesma é contada e recontada?

----------------------------------------------
Sinopse
Este fascinante referência coloca combustíve
l no debate apaixonado sobre o Êxodo bíblico, com uma tese provocativa: Não somente Moisés era egípcio, mas também o povo Hebreu que o seguiu para Canaã.

Através de explorações lingüísticas, filológicas e religiosas, os autores provam que o "Povo Escolhido" não era composto de escravos de um país estrangeiro, mas do alto escalão dos sacerdotes egípcios e dos adeptos do faraó Akhenaton, monoteísta. Durante uma contra-revolução contra o monoteísmo, seus seguidores foram obrigados a se deslocar para a província egípcia de Canaã.

Segredos do Êxodo é um guia controverso, provocador de reflexões, com garantia de que  agitará muitas crenças, nas comunidades Judias e Cristãs.

• Primeiramente publicado na França em outubro de 2000, vendeu mais de 53.000 cópias
• selecionado como o
melhor livro de 2000, em religião" pela Amazon France
Biografia
Roger Sabbah e Messod Sabbah são irmãos e
descendentes de uma longa linhagem de rabinos e rabinos-chefe. Ambos os autores vivem em Paris. Arte e Lois Banta, os tradutores, vivem em San Diego, CA.


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Secrets of the Exodus
Secrets of the Exodus
Roger Sabbah, Art Banta(Translator), Lois Banta(Translator)
Paperback

Secrets of the Exodus : Are the Pharoahs of Egypt the Patriarchs in the Old Testament?
Synopsis
This fascinating reference fuels the passionate debate about the biblical Exodus with a provocative thesis: Not only was Moses an Egyptian but so were the Hebrew people who followed him to Canaan.

Through linguistic, philologic, and religious explorations, the authors prove that the "Chosen People" were not slaves from a foreign country but high-ranking Egyptian priests and the adherents of the monothiest pharaoh Akhenaton. During a counterrevolution against monotheism, his followers were forced to move to the Egyptian province of Canaan.


Secrets of the Exodus is a controversial, thought-provoking guide guaranteed to shake many beliefs both in the Jewish and Chirstian communities.

• First published in France in October, 2000, it sold more than 53,000 copies
• Selected as the "best book of the year 2000 in religion" by Amazon France
Biography
Roger Sabbah and Messod Sabbah are brothers and the descendants of a long line of rabbis and chief rabbis. The authors both live in Paris. Art and Lois Banta, the translators, live in San Diego, CA.


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Ver também:



QUARTA-FEIRA, 17 DE FEVEREIRO DE 2010

História do conceito de Deus - algumas versões selecionadas para estudo comparado

Pesquisa efetuada no Google, páginas em português, com o argumento de pesquisa [História do conceito de Deus]



SEGUNDA-FEIRA, 15 DE MARÇO DE 2010



  

  TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010


  HISTÓRIA DAS RELIGIÕES

  HISTÓRIA DAS RELIGIÕES
  O bloco de links abaixo, não retratam conteúdos voltados a Doutrina Espírita, mas foram incluídos como mera curiosidade e também para servirem como fonte de pesquisas.




    QUINTA-FEIRA, 22 DE ABRIL DE 2010

   "Jesus Viveu na Índia": A desconhecida história de Cristo antes e depois da  crucificação


HISTÓRIA DAS RELIGIÕES / História do conceito de Deus - Resenha: "Jesus Viveu na Índia": A desconhecida história de Cristo antes e depois da crucificação



   UMA NOVA VISÃO
  Os Egípcios e o Judaísmo 
Esta matéria esta relacionada com a cópia fiel do livro O Código Secreto das Catedrais de TIM Wallace Murphi.

Em meus estudos tudo indicava que o Deus único tinha surgido no Egito com o faraó Akhenaton e que toda a evidência mostrada nos estudos apontava que Moisés e Akhenaton eram as mesmas pessoas.

Fiquei surpreso, pois alguém escreveu sobre o assunto, neste livro, mas, também pude perceber e, parece-me que o assunto não é tão novo assim.

Vários estudiosos e pesquisadores já haviam chegado a conclusões semelhantes e isso nos leva a acreditar que tudo isso é um fato, uma verdade.

Bom o interessante disso tudo é que temos UMA NOVA VISÃO da história Ocidental e isso nos faz infelizmente tomar mais cuidado com as manipulações religiosas do Vaticano, pois eles escondem a verdade de nossa origem e de nosso destino, para poderem através do poder manipular os Humanos.

Bom, fiquem com a leitura parcial do assunto, mas podem pesquisar sobre ele e não chegarão a conclusões muito diferentes das apresentadas aqui.

Abraços fraternais
Vicente Chagas
novembro/2009.

http://www.projetovega.com.br/materias/espiritualidade/visao.htm



domingo, 16 de maio de 2010

Ponto de Mutação (Capra) = Silenciar a Mãe Cultura (Quin) = Pílula Vermelha (Matriz) = Eywa (Avatar) = Revelação Cristã = Iluminação Budista ?

Explorando o conceito de desistência.

   Elaborando o que seria a SAÍDA da situação atual (o círculo vermelho do símbolo deste grupo [0]), objetivo percebido por mim deste nosso multiálogo, compartilho o que surgiu de minha "consulta ao travesseiro" após ler [1] e assistir [2]  "Mindwalk" (O ponto de mutação) de Fritjof Capra. Também credito às Linkanias e Religares do Marcelo (quem não seguiu o link, recomendo fazê-lo).  [3]

   Desistir pode ser considerado:


  • A evolução do Pensamento Cartesiano, Mecanicista para o Pensamento Holístico, Sistêmico proposto em o Ponto de Mutação, por Fritjof Capra ? [1] , [2]

  • Silenciar a Mãe Cultura, em si próprio, que nos impede de enxergar as possibilidades infinitas da Nova Revolução Tribal, de Daniel Quinn (ver também: Um Indio  de  Milton Nascimento [4]) ?

  • Tomar a pílula azul ou a vermelha, de  "Matrix" ?

  • A compreensão, por Jake Sully (Sam Worthington), um ex-fuzileiro paraplégico, que vai para Pandora querendo dinheiro para uma operação que o curaria da paralisia, de  Eywa, deusa ou mito Na'vi, que representa a rede neural bio-botânica de Pandora, em Avatar [6]  [7] ?

  • A Revelação Cristã que conduz à Graça ("lírios do campo, aves do céu") [8] ?

  • A Iluminação Budista que leva à libertação dos Apegos e Aversões, fontes de todo o Sofrimento ?

Para que a expressão deste fluxo de idéias não fique muito grande aqui, coloco minhas Linkanias ([X]), (ou seriam Religares? esclareça-nos o propositor dos termos: Estraviz rs rs rs :-)) como mensagem em meu blog:

Campbell: O Poder do Mito – Analisemos e conversermos sobre o significado dos Mitos Recentes - Exemplos: A.I. / Avatar / Babylon 5 / Blade Runner / Demônios / Exterminador do Futuro / Matrix / Star Trek / Star Wars / Vampiros ?

Análise do significado dos Mitos Cinematográficos recentes e sua correlação com o momento atual da evolução humana. A proposta é conversarmos sobre a importância da Linguagem e dos Símbolos, dentre os quais a Mitologia é importantíssima - os arquétipos de Jung.

http://mitologiasdegaia.blogspot.com/2010/05/campbell-o-poder-do-mito-analisemos-e.html



[0] A desistência como ativismo

Grupo para continuar discutindo o que começamos no openspace de curitiba

Minha proposta para o open space é um bate papo sobre uma nova forma de ativismo, que trata de "abandonar" os hierarquismos de forma concreta: saindo do emprego, deixando a academia, abandonando o discurso centralizador... É um bate papo mesmo, pra vermos como andam os avanços dessas desistências cotidianas de cada um de nós, quais as dificuldades, quais as dicas que temos uns aos outros... Essa conversa terá como inspiração alguns livros e filmes: matrix, ismael, na natureza selvagem ... tentarei levar trechos no meu notebook, pra assistirmos juntos.

http://escoladeredes.ning.com/group/desista?commentId=2384710:Comment:69391&xg_source=activity

{1] Resenha do livro " O Ponto De Mutacao" de Fritjof Capra

http://www.scribd.com/doc/15758569/Resenha-do-livro-O-Ponto-De-Mutacao-de-Fritjof-Capra?secret_password=&autodown=pdf

[2]  "Mindwalk" (O ponto de mutação)

Um político estadunidense (Jack Edwards, interpretado por Sam Waterston) vai à França visitar um velho amigo poeta (Thomas Harriman, interpretado por John Heard). Lá, conhecem uma cientista (Sonia Hoffman, interpretada por Liv Ullman) e, juntos, tecem uma profunda discussão sobre questões existenciais. Filme baseado na obra "The Turning Point" (O ponto de Mutação), de Fritjof Capra.

http://video.google.com/videoplay?docid=854094769667634943#

[3] A linkania e o Religare
http://www.estraviz.com.br/2009/03/25/03/

[4] Um Indio  de  Milton Nascimento
http://vagalume.uol.com.br/milton-nascimento/um-indio.html

Um índio descerá de uma estrela
Colorida e brilhante
De uma estrela que virá
Numa velocidade estonteante
E pousará no coração
Do hemisfério sul
Na América, num claro instante
Depois de exterminada
A última nação indígina
E os espíritos dos pássaros
Das fontes de água límpidas
Mais avançado que as mais avançadas
Das mais avançadas das tecnologias

Virá
Impávido, que nem Muhammad Ali
Virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri
Virá que eu vi
Tranquilo e infalível como Bruce Lee
Virá que vi
O axé do afoxé filhos de Gandhi
Virá

Um índio preservado
Em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás
E todo líquido

Em átomos, palavras, alma, cor,
Em gesto, em cheiro, em sombra, em luz
Em som magnífico
Num ponto equidistante
Entre o Atlântico e o Pacífico
Do objeto sim resplandescente
Descerá o índio
E as coisas que eu sei que ele dirá
Fará não sei dizer assim
Assim de um modo explícito

Virá
Impávido, que nem Muhammad Ali
Virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri
Virá que eu vi
Tranquilo e infalível como Bruce Lee
Virá que vi
O axé do afoxé filhos de Gandhi
Virá

E aquilo que nesse momento
Se revelará aos povos
Surpreenderá a todos
Não por ser exótico
Mas pelo fato de poder
Ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio

[5] "Matrix"  -  pílula azul ou a vermelha ?
http://ohomemquesabiademasiado.blogspot.com/2009/03/matrix-pilula-azul-ou-vermelha.html

É um momento determinante em todo o filme "Matrix" (falo do primeiro filme da trilogia, porque os outros dois são dispensáveis): Morpheus (Laurence Fishburn) encontra-se com Neo (Keanu Reaves) para lhe explicar que o mundo no qual vive não é o mundo real e verdadeiro. Os humanos são meros escravos de um poderoso sistema de computadores designado Matrix que controla a mente humana. Morpheus (não é em vão este nome, dado que é o Deus dos Sonhos na mitologia grega) dá a possibilidade a Neo de escolher entre tomar a pílula azul ou a vermelha.

Tomando a azul, Neo voltará à sua ilusória e superficial vida; se optar pela pílula vermelha, conhecerá a verdade que está por detrás do mundo que julga ser real. Neo arrisca e opta pela pílula vermelha, conhecendo, finalmente, a complexa verdade por detrás do seu mundo de aparências. A partir deste simples enunciado entre a dicotomia do mundo real e do mundo ilusório ou aparente, levantam-se muitas leituras filosóficas e religiosas. Estas pílulas representam, também, uma metáfora da condição humana: o homem que se resigna de forma dogmática e aceita passivamente tudo o que existe à sua volta ou o homem que deseja libertar-se e conhecer a verdade absoluta das coisas e o acesso ao conhecimento?

Esta dualidade de universos apresentado em "Matrix" vai busca inspiração a vários quadrantes: a história "Alice no País das Maravilhas", na qual Alice tem de escolher entre beber o líquido azul ou vermelho; a "Alegoria da Caverna" de Platão, em que se prova que os homens podem viver no mundo das sombras julgando que representam a realidade das coisas; e a teoria pós-moderna do ensaísta e filósofo francês Jean Beaudrillard, a qual estipula que vivemos num mundo de "Simulacros e Simulação". Os próprios irmãos Wachwoski, realizadores da trilogia "Matrix", confessaram a grande influência do filósofo francês na conceptualização do filme.

Perante isto, a questão que coloco a mim mesmo (e aos leitores) é esta: e se este mundo, de uma forma ou de outra, não é mais do que uma espécie de "Matrix" global e eu tivesse que optar por ingerir a pílula azul ou a vermelha, qual escolheria? De caras: a vermelha.

[6] Avatar

Avatar (filme)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Avatar é um filme épico americano de ficção científica escrito e dirigido por James Cameron, estrelado por Sam Worthington, Zoë Saldaña, Michelle Rodriguez, Sigourney Weaver e Stephen Lang. O filme, produzido pela Lightstorm Entertainment e distribuído pela 20th Century Fox, tem seu enredo localizado no ano 2154 e é baseado em um conflito em Pandora, uma das luas de Polifemo, um dos três planetas gasosos fictícios que orbitam o sistema Alpha Centauri. Em Pandora, os colonizadores humanos e os Na'vi, nativos humanoides, entram em guerra pelos recursos do planeta e a continuação da existência da espécie nativa.[4] O título do filme refere-se aos corpos Na'vi-humanos híbridos, criados por um grupo de cientistas através de engenharia genética, para interagir com os nativos de Pandora.[5]

http://pt.wikipedia.org/wiki/Avatar_(filme)

[7]  Análise do significado dos Mitos Cinematográficos recentes e sua correlação com o momento atual da evolução humana. A proposta é conversarmos sobre a importância da Linguagem e dos Símbolos, dentre os quais a Mitologia é importantíssima - os arquétipos de Jung.

Campbell: O Poder do Mito – Analisemos e conversermos sobre o significado dos Mitos Recentes - Exemplos: A.I. / Avatar / Babylon 5 / Blade Runner / Demônios / Exterminador do Futuro / Matrix / Star Trek / Star Wars / Vampiros ?

http://mitologiasdegaia.blogspot.com/2010/05/campbell-o-poder-do-mito-analisemos-e.html

[8] Olhai as Aves do Céu

Olhai as Aves do Céu
            6 – Não queirais entesourar para vós tesouros na Terra, onde a ferrugem e a traça os consomem, e onde os ladrões os desenterram e roubam. Mas entesourai para vós tesouros no céu, onde não os consomem a ferrugem nem a traça, e onde os ladrões não o desenterram nem roubam. Porque onde está o tesouro, aí está também o teu coração.

            Portanto vos digo: Não andeis cuidadosos da vossa vida, que comereis, nem para o vosso corpo, que vestireis. Não é mais a alma do que a comida, e o corpo mais do que o vestido? Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem fazem provimentos nos celeiros; e, contudo, vosso Pai celestial as sustenta. Porventura não sois muito mais do que elas? E qual de vós, discorrendo, pode acrescentar um côvado à sua estatura? E por que andais vós solícitos pelo vestido? Considerai como crescem os lírios do campo; eles não trabalham nem fiam; digo-vos mais, que nem Salomão, em toda a sua glória, se cobriu jamais como um destes. Pois se ao feno do campo, que hoje é e amanhã é lançado no forno. Deus veste assim, quanto mais a vós, homens de pouca fé? Não vos aflijais, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos cobriremos? Porque os gentios é que se cansam por estas coisas. Porquanto vosso Pai sabe que tendes necessidade de todas elas. Buscai primeiramente o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas se vos acrescentarão. E assim não andeis inquietos pelo dia de amanhã. Porque o dia de amanhã a si mesmo trará seu cuidado; ao dia basta a sua própria aflição. (Mateus,  19-21, 25-34).

            7 – Se tomássemos estas palavras ao pé da letra, elas seriam a negação de toda a previdência e de todo o trabalho, e conseqüentemente, de todo o progresso. Segundo esse princípio, o homem se reduziria a um expectador passivo. Suas forças físicas e intelectuais não seriam postas em atividade. Se essa tivesse sido a sua condição normal na Terra, ele jamais sairia do estado primitivo, e se adotasse agora esse princípio, não teria mais nada a fazer. É evidente que não poderia ter sido esse o pensamento de Jesus, porque estaria em contradição com o que ele já dissera em outras ocasiões, como no tocante às leis da natureza. Deus criou o homem sem roupas e sem casa, mas deu-lhe a inteligência para produzi-las.(Ver cap. XIV, nº 6 e cap. XXV, nº 2).

            Não se pode ver nestas palavras, portanto, mais do que uma alegoria poética da Providência, que jamais abandona os que nela confiam, mas com a condição de que também se esforcem. É assim que, se nem sempre os socorre com ajuda material, inspira-lhes os meios de saírem por si mesmos de suas dificuldades. (Ver cap. XXVII, nº

            Deus conhece as nossas necessidades, e a elas provê, conforme for necessário. Mas o homem, insaciável nos seus desejos, nem sempre contenta-se com o que tem. O necessário não lhe basta, ele quer também o supérfluo. É então que a Providência o entrega a si mesmo. Freqüentemente ele se torna infeliz por sua própria culpa, e por não haver atendido as advertências da voz da consciência, e Deus o deixa sofrer as conseqüências, para que isso lhe sirva de lição no futuro. (Ver cap. V, nº 4).

            8 – A Terra produz o suficiente para alimentar a todos os seus habitantes, quando os homens souberem administrar a sua produção, segundo as leis de justiça, caridade e amor ao próximo. Quando a fraternidade reinar entre os povos, como entre as províncias de um mesmo império, o que sobrar para um determinado momento, suprirá a insuficiência momentânea de outro, e todos terão o necessário. O rico, então, considerará a si mesmo como um homem que possui grandes depósitos de sementes: se as distribuir, elas produzirão ao cêntuplo, para ele e para os outros; mas, se as comer sozinho, se as desperdiçar e deixar que se perca o excedente do que comeu, elas nada produzirão, e todos ficarão em necessidade. Se as fechar no seu celeiro, os insetos as devorarão. Eis por que Jesus ensinou: Não amontoeis tesouros na Terra, pois são perecíveis, mas amontoai-os no céu, onde são eternos. Em outras palavras: não deis mais importância aos bens materiais do que aos espirituais, e aprendei a sacrificar os primeiros em favor dos segundos. (Ver cap. XVI, nº 7 e segs.).

            Não é através de leis que se decretam a caridade e a fraternidade. Se elas não estiverem no coração, o egoísmo as asfixiará sempre. Fazê-las ali penetrar, é a tarefa do Espiritismo.

http://evangelhoespirita.wordpress.com/capitulos-1-a-27/cap-25-buscai-e-achareis/olhai-as-aves-do-ceu/

[9] Wiki: Budismo (1/3)


http://wapedia.mobi/pt/Budismo

Budismo é uma religião[1] e filosofia[2] que engloba um conjunto de crenças, tradições e práticas, baseadas nos ensinamentos atribuídos a Siddhartha Gautama, mais conhecido como Buda (Páli/Sânscrito "O Iluminado"). Buda viveu e desenvolveu sua filosofia no nordeste do subcontinente indiano, entre os séculos IV e VI a. C.[3]. Ele é reconhecido pelos adeptos como um mestre iluminado que compartilhou suas ideias para ajudar os seres sencientes a alcançar o fim do sofrimento, alcançando o nirvana e escapar do que é visto como um ciclo de sofrimento do renascimento. Alguns mestres budistas, porém, ensinam que o Nirvana é uma percepção, um insight e não um estado, pois nem todas as escolas do Budismo creem em reencarnação.



2. 2. Sofrimento: Causas e Soluções

2. 2. 1. As Quatro Nobres Verdades

Ver artigo principal: [[Quatro Nobres Verdades]]
De acordo com o Cânone Páli, as Quatro Nobres Verdades foram os primeiros ensinamentos deixados pelo Buda, depois de atingir o Nirvana[29]. Algumas vezes, são consideradas como a essência dos ensinamos do Buda e são apresentados na forma de um diagnóstico médico[30].
  1. A vida como a conhecemos é finalmente levada ao sofrimento e/ou mal-estar (Dukkha), de uma forma ou outra.
  2. O sofrimento é causado pelo desejo. Isso é, muitas vezes, expressado como um engano agarrado a um certo sentimento de existência, a individualidade, ou para as coisas ou fenômenos que consideramos causador da felicidade e infelicidade. O desejo também tem seu aspecto negativo.
  3. O sofrimento acaba quando termina o desejo. Isto é conseguido através da eliminação da ilusão, assim, alcançamos um estado de libertação do iluminado (Bodhi).
  4. Esse estado é conquistado através dos caminhos ensinado pelo Buda.